Todos os caminhos levam a Roma?
Roma é um dos destinos mais desejados por todo mundo. O berço da civilização que impactou na história da humanidade com seus monumentos históricos e construções colossais.
Uma história que povoa o imaginário de todos. O que tornou Roma na 11ª posição no Ranking Mundial das cidades mais visitadas do mundo.
Visitar Roma é fazer uma viagem no tempo. É muito bacana conhecer sua história antes de viajar para Roma, para compreender a cidade, seus monumentos, porque o Vaticano é um estado e ainda os hábitos culturais dos romanos.
Conceitos históricos de Roma
A história da Roma Antiga é fascinante. Sua cultura desenvolvida e altíssima tecnologia impactaram na história da humanidade. Uma cidadela de características agrícolas que se organizou como sociedade e se tornou um dos maiores impérios da antiguidade.
Dos romanos, herdamos uma série de características culturais. O Direito Romano está presente na cultura ocidental até os dias de hoje. De igual forma o latim, que deu origem a língua portuguesa, francesa, italiana e espanhola.
Período Monárquico em Roma
Nos anos de 753 ac a 509 ac Roma tinha um governo monárquico. Formado por patrícios (nobres proprietários de terras) e plebeus (comerciantes, artesãos e pequenos proprietários).
De 509 ac. A 27 ac foi instituída a República. Durante o período republicano, o senado Romano exercia grande poder político. Com isso eles foram se organizando com sociedade e foram ampliando suas conquistas, dominando a Grécia, o Egito, a Macedônia, a Gália, a Germânia, a Trácia, a Síria e a Palestina.
Nesse período o Senado que tinha maioria governava junto ao Rei. Os quatro primeiros foram latinos e governavam em consonância com o Senado. Porem os três últimos reis eram Etruscos. O último Rei Etrusco, Tarquinho o Soberbo era uma pessoa difícil de lidar e depois de muitos conflitos foi deposto pelo Senado, dando origem a fase republicana.
Como foi a República de Roma
Eram dois Consul comandando. Um governando as leis outro o exercito. O pretor fazia as leis serem cumpridas.
Bem tudo isso para dizer que nesse período Roma enriqueceu e teve uma enorme expansão. Tomando toda a península itálica e expandindo logo para cidades vizinhas. Eles dominaram todo o mediterrâneo, todo o litoral do mediterrâneo e passaram a dominar o comércio antigo. Período em que enriqueceram muito.
Tudo isso gerou uma crise na república. As terras conquistadas ficavam nas mãos dos patrícios. Os povos dominados passaram a ser escravizados e com isso o desemprego foi crescendo e os plebeus foram falindo um atrás do outro, e começam a migram para Roma para exigir do Senado medidas.
Nasce o primeiro Triunvirato
Mas eles não conseguiam resolver os problemas do povo. Foi quando surgiu o primeiro Triunvirato. Julio César, Pompeo e Crasso assumem o poder e passam a governar Roma.
Crasso morreu na guerra, Julio César partiu para conquistar a Gália e Pompeu governou em Roma. Até que acusou Julio César de traição e foi morto por ela. Logo, Julio César virou governante único e começou a implantar mudanças populistas em Roma. O Senado descontente o assassinou.
Segundo Triunvirato
Veio o segundo triunvirato, formado por: Marco Antônio, Otávio e Lépido. Eles dividiram as áreas dominadas e cada um dominavam sua região. Marco Antonio invade a região governada por Lépido e domina a região do Egito. Onde se envolve com Cleópatra. Que vira aquele episódio famoso do suicídio de Cleopatra e Marco Antônio.
Otávio virou o único governante, e como era sobrinho de Júlio César e tinha visto o tio “se lascar” na mão dos patrícios (senadores) ele destituiu o senado e criou o Império.
Surgimento do Império Romano
Nesse período todo o poder e decisões políticas estavam centralizadas nas mãos de uma só pessoa, que se intitulou Deus único. Mudando seu nome de Otávio para Otávio Augustus, que significa “divino”.
Ele instituiu o pax plebeu, que diminuía a expansão do império romano e trazia os soldados para seus lares.
E instituiu a política do pão e circo. Esta consistia em oferecer, aos romanos, alimentação e diversão. Quase todos os dias ocorriam lutas de gladiadores nos estádios (o mais famoso foi o Coliseu de Roma), onde eram distribuídos alimentos. Desta forma, a população carente acabava se esquecendo dos problemas da vida. Assim, as chances de revolta eram diminuídas.
E assim foram por séculos conduzindo o poder na mão do Imperador que ditava regras e conduzia as decisões de forma muitas vezes inconsequentes.
Os herdeiros do trono
Depois de Augustus governaram seus herdeiros. Tibério, Calígula, Claudio e Nero. Um mais pinel que outro.
O surgimento do cristianismo negava a divindade do Imperador. E Nero, o maluco que ateou fogo em Roma, que era imperador começou a perseguir os cristãos. Que forma mortos quando não jogados para os leões nas arenas dos coliseus.
Em 68 teve uma guerra civil que resultou na ascensão e início do período dos Flavianos. Que por sinal foi quem construiu o Coliseu em Roma. Depois ele foi substituído pelos Nervo-antoninos e Diocleciano.
Por volta de 300 DC, o império romano passava por uma enorme crise econômica e política. A corrupção dentro do governo e os gastos com luxo retiraram recursos para o investimento no exército romano. O que enfraqueceu as fronteiras romanas.
Desde a abdicação de Diocleciano, em 305, houve uma série de lutas que se prolongou até 312, quando Constantino assinou o edito de Milão e se torna o primeiro imperador a se converter ao cristianismo e permite a liberdade de culto dos cristãos.
Houve uma enorme expansão do cristianismo, até que o Imperador Teodósio assina o edito de Tessalônica tornando o cristianismo na religião oficial do Império.
O Cristianismo e Roma
Como a economia do Império estava pautada no escravismo. A falta de escravos agravou a falência econômica. Com isso era impossível manter o exército em tantas frentes, uma hora em que as fronteiras do império romano eram gigantes.
Os filhos de Teodósio dividiram o Império então em dois. O império ocidental e o Império oriental. O Império oriental vai perdurar por toda idade média e se transformará no Império Bizantino. O império ocidental cai com a invasão de Roma pelos bárbaros germânicos.
Bispo de Roma se destacasse tanto religiosamente como politicamente. E Roma se tornou o centro do Cristianismo. Com isso o Bispo de Roma ganhou notoriedade e se transformou em Papa. O poder papal sempre manteve uma constante luta com o Império Sacro Germânico e outros poderes na Europa. Até que a Itália se unificou e Roma se tornou sua capital.
Vaticano se torna um estado
O Papa não chegou a aceitar a unificação da Itália e se refugiou no Vaticano, dando lugar à chamada “questão romana”, disputa política que aconteceu desde 1861 até 1929 entre o governo italiano e o papado. Em 11 de fevereiro de 1929, o Papa Pio XI e Mussolini assinaram os Pactos Lateranenses que reconheciam o Estado do Vaticano.
Mussolini, aliado da Alemanha nazista, havia tomado Roma em 1922 e a havia declarado como Império. Para recuperar a antiga grandeza de Roma, restaurou seus principais monumentos e os transformou em centros da administração pública, fazendo com que a população da cidade passasse dos 212.000 habitantes que tinha durante a unificação a mais de um milhão.
A segunda guerra mundial
Durante a segunda guerra mundial, Roma foi pouco atingida, ninguém queria atingir ao Papa Pio XII. Entanto foi dominada por anos pelo regime imposto de Mussolini que era aliado da Alemanha Nazista de Hitler.
Foi nesse período que a melodia, que ficou mundialmente conhecida na Série La Casa de papel, ganhou força. A melodia que fora uma canção de protesto durante a Primeira Guerra Mundial, ganhou uma versão “Partigianna” e se tornou símbolo da Resistência italiana contra o Fascismo durante a Segunda Guerra Mundial.
E porque eu estou te falando tudo isso?
Porque caminhando pelas ruas de Roma você verá diversos monumentos, estátuas, pinturas que irão retratar tudo que você leu aqui. E quando você compreende a história e os motivos do que está vivenciando é muito mais impactante a visita.
Essa história está refletida nos hábitos culturais dos romanos, nas ruínas e monumentos da cidade.
No crescimento desordenado, no extremo luxo de um lado e os “cortiços” de outro. É muito impactante conhecer a história desse lugar e poder caminhar em meio a esse sítio arqueológico.
Andar pelas ruas de Roma é, sem dúvidas, uma viagem no tempo.
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